Para um Brasil melhor, antes de cada ato, pergunte-se: "estou agindo corretamente?"
Qualquer pessoa madura, de princípios éticos, mesmo sem perceber, já se responde a estes questionamentos antes de tomar qualquer atitude.
Por que um adulto que sofre de diabetes há tempos tem menos complicações clínicas do que um jovem que se descobriu diabético?
Quero? Posso? Devo?
Todos sentem o quanto é prazeroso comer um doce. Felizes são os que podem comê-lo sem complicações, porque querer todos querem, mas nem todos podem, e muito menos devem.
Os adultos que já vivem com diabetes há um bom tempo aprenderam que o corpo sofre muito com o transitório prazer de comer um doce. Este sofrimento os ensina a não abusarem do doce.
Desta maneira, quando sentem esse desejo, já estão respondendo a primeira pergunta: "Sim, quero comer um doce". Talvez cheguem até a se perguntar: "Posso comê-lo?". "Quem sabe se eu controlar direitinho a minha insulina possa saborear um pedacinho?". Com certeza nem chegam a se perguntar: "Devo?", pois sabem que não devem, já que o açúcar pode lhes ser um veneno. Em sã consciência ninguém quer causar um prejuízo a si próprio. Os que conhecem e vivem a gravidade da sua diabetes negam tanto este "querer", que chegam a ver doces com a certeza de que não "podem" e nem "devem" comê-los que até parece que nem querem...
As pessoas recém-diabéticas, que ainda não adotaram o sistema saudável de vida do diabético, precisam fcar se vigiando, pois querer comer doce, eles querem. Alguns acham que até podem se forem comedidos, mas logo descobrem que não devem.
Para um jovem ou uma criança que ainda acredita que querer é poder, as complicações de ter comido um doce acabam lhe ensinando que não deve comer doces mesmo podendo.
Cidadãos éticos
Uma criança que esteja brincando perto de outra avança no brinquedo alheio, mesmo que seja o mesmo que ela tenha em mãos. Ela sentiu o quero, tomou da outra e acabou. Por quê? Uma criança não se pergunta: "posso?", nem "devo?". Seu cérebro imaturo manda fazer o que tem vontade e pronto. Logo algum adulto interfere até esta criança aprender que deve respeitar o outro. Este é um dos primeiros passos para o aprendizado da ética.
Pelo uso de um banheiro público conhece-se a maturidade e a presença ou não de uma ética cidadã. Um usuário faz as suas necessidades e pode ir embora sem apertar a descarga, aproveitando-se do anonimato. Mas deve? É nesta pergunta que reside a ética. Não, não deve, porque ele tem que deixar o banheiro tão limpo quanto o encontrou para o próximo usuário.
Faz parte de todos os seres humanos a vontade de ter um dinheiro a mais. Todos querem. Mas podem? Sim, desde que tenham uma fonte de renda digna e honesta. Não se deve simplesmente pegar o dinheiro que não lhe pertence e confgurar um roubo. Roubar é não usar a ética que se aprendeu.
O "querer" mostra a identifcação de uma vontade ou de uma necessidade. É instintivo do viver. O "poder" revela capacidade física e mental de realização. E o "dever" aponta a ética, fundamental para a cidadania de respeito ao próximo, mesmo que essa pessoa esteja distante ou ausente. Perguntar-se: "eu devo?" denota o aprender a lidar com o outro e a colaborar para um país melhor para todos.
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Içami Tiba
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